quinta-feira, 17 de julho de 2025




A MÚSICA SOB A LUZ DA DOUTRINA ESPÍRITA
- A Era do Espírito -

Na Doutrina Espírita, a música é reconhecida como uma das mais sublimes expressões da alma. Embora não seja tema central das obras da Codificação, Allan Kardec dedicou importantes reflexões ao assunto, especialmente no capítulo “Música Espírita”, presente em Obras Póstumas. Nessa e em outras obras, a música é apresentada como um recurso espiritual capaz de elevar sentimentos, consolar corações e harmonizar ambientes, servindo como ponte entre o mundo material e o espiritual.

A Música em O Livro dos Espíritos

Em O Livro dos Espíritos, a música é mencionada como uma arte que exerce influência profunda sobre os sentimentos. Os Espíritos superiores confirmam que ela atua diretamente sobre o perispírito, despertando sensações e emoções que transcendem o corpo físico. Isso demonstra que a música, longe de ser apenas um entretenimento sensorial, é também uma linguagem da alma.

A Música em Obras Póstumas

No capítulo XIII da Primeira Parte de Obras Póstumas, intitulado “Música Espírita”, Kardec aprofunda o tema. Ele destaca que a música pode ser um veículo de elevação moral e espiritual quando sintonizada com valores elevados, diferente da música vulgar e materialista, que tende a excitar paixões inferiores. A música verdadeiramente espírita, segundo Kardec, deve refletir os sentimentos de fraternidade, paz, esperança e amor, aproximando o Espírito das esferas superiores.

A Música em O Evangelho segundo o Espiritismo

Em O Evangelho segundo o Espiritismo, a música é mencionada em conexão com a beleza e a harmonia do universo, elementos que revelam a presença divina. Embora não seja tratada de forma direta, sua associação com a elevação espiritual reforça seu papel como instrumento de sintonia com o bem e o belo.

A Música e o Mundo Espiritual

Relatos mediúnicos e comunicações de Espíritos, compiladas em diversas revistas e textos espíritas, relatam que a música tem um papel significativo no plano espiritual. Em regiões mais adiantadas, onde reina a paz e o amor, a música é constante, servindo como vibração de alegria, harmonia e comunhão. Espíritos mais evoluídos utilizam-na como meio de expressão e educação moral, pois ela age como força curativa e libertadora da alma.

O Poder Moral e Terapêutico da Música

A música não é neutra: ela transmite e provoca estados vibratórios. Quando criada e executada com intenções elevadas, torna-se instrumento de cura emocional, inspiração e sintonia com a espiritualidade superior. No contexto espírita, o uso consciente da música nos ambientes domésticos, nos centros espíritas e na intimidade da alma é uma forma de cultivar o bem, promover o equilíbrio e colaborar com os bons Espíritos.

Conclusão

Para o Espiritismo, a música é uma expressão da alma imortal em busca de Deus. Quando harmonizada com os princípios do amor, da verdade e do bem, ela se transforma em instrumento de elevação e fraternidade. Allan Kardec, ao refletir sobre a “Música Espírita”, nos convida a repensar o papel da arte musical em nossas vidas: não como mero entretenimento, mas como força viva capaz de transformar, consolar e iluminar a jornada espiritual do ser humano.

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